quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

O Charlie e as redes


Não vou falar no assunto em si, repugnante que é.
Vou falar da “resposta” das redes sociais e da Internet, no seu todo ao assunto e da resposta avassaladora que as mesmas potenciam.

(Sei que este post vai ficar rapidamente desactualizado, mas não quis deixar de o escrever.)

Logo no dia de ontem, as milhares de pessoas que se juntaram quer na Praça da República em Paris, quer um pouco por todo o mundo, tiveram como elo de ligação as redes sociais, em especial o Twitter.

A hasthag #JeSuisCharlie tornou-se, em poucas horas, a mais popular no Twitter, gerando mais de três milhões e meio de tweets (and counting...).
Já hoje, e numa tentativa de demonstrar que o terrorismo não pode ser confundido com a religião muçulmana, a hashtag #RespectForMuslims é também um trend de topo

Neste link pode-se ver, em tempo real, a disseminação da hashtag pelo mundo




E, já que falo de twitter, inúmeras personalidades de todo o mundo – para além dos media em particular - tem usado essa rede em especial para demonstrar a sua solidariedade para com as vitimas, caso de Albert Uderzo (criador de Asterix) que publicou a imagem abaixo,




É tambem o caso de Lucille Clerk, uma designer francesa que publicou a imagem seguinte e que se está a tornar viral (primeiramente atribuiu-se esta imagem ao activista britânico Bansky)



Na web, a Google, logo no dia de ontem, alterou a sua homepage, colocando um laço preto em destaque, e hoje apresenta, sem seu lugar a imagem “Je Suis Charlie” que este caso tornou universal.




O Guardian avança também que Sergey Brin e Larry Page, CEOs da Google vão avançar com 320 mil euros para que a publicação da próxima quarta-feira do Charlie Hebdo atinga o milhão de exemplares.

Também no Facebook se multiplicam as imagens simples mas tão fortes, de letras brancas sobre um fundo negro.
Artistas como Johnny Haliday publicam vídeos como o abaixo:






Ou, por cá, os nossos UHF, por exemplo






E é também no Facebook que pululam as fotografias de milhares de pessoas em concentrações um pouco por todo o mundo, em suas casas e locais de trabalho, utilizando-as como expoente máximo da tal “liberdade de expressão” que os terroristas tentaram destruir.

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